A moda está associada a criações pioneiras e inovadoras. A indústria da moda se reinventa a cada estação e os estilistas têm a responsabilidade de apresentar coleções cada vez mais criativas e comerciais, é claro. Nesse contexto, os tecidos sintéticos, como o polyester, o nylon e o neoprene, surgem como uma nova alternativa ao mercado. E já apareceram nas coleções internacionais de outono-inverno da Balenciaga e Talbot Runhof.
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Nicolas Ghesquière já havia usado neoprene - misturado a outros tecidos - em suas criações para a Balenciaga em 2012. Na coleção outono-inverno 2013, Alexander Wang, sucessor de Ghesquière na direção criativa da grife, fez uso do mesmo material. Segundo Johnny Talbot, co-designer da Talbot Runhof, os tecidos sintéticos tem algo extra a oferecer, vão além dos convencionais tecidos feitos à base de lã ou algoodão.
A gigante Lanvin, sob a tutela de Alber Elbaz, recorre aos tecidos sintéticos com frequência: mais de 50% das criações do estilista são produzidas com poliéster desenvolvido por uma empresa chinesa. Marc Jacobs também faz parte do time de fãs do material, já usa constantemente em suas criações para a Louis Vuitton.
FASHION RIO: Roupas folgadas e materiais tecnólógicos
Os tecidos sintéticos não amassam facilmente e são mais duráveis com relação aos demais, além de não desbotarem com facilidade. As fibras sintéticas podem ser misturadas com fibras naturais para produzir um material com novas propriedades. A tecnologia têm sido aprimorada desde sua primeira aplicação na moda e atualmente as fibras são mais finas e maleáveis, o que possibilita uma criatividade ainda maior.
É essa liberdade criativa que permite a criação de peças estruturadas. Versáteis e práticos, os sintéticos são não só uma escolha criativa, mas também uma chance de renovar o mercado da moda dar espaço para os estilistas exercerem a sua criatividade.