A cantora Mara Maravilha diz que ficou surpresa com a repercussão de sua entrevista ao programa Morning Show, na Rede TV! - na qual afirmou que defende a ‘cura gay’ - e foi bastante criticada nas redes sociais. Mas, segundo ela, ‘a gente faz do limão uma limonada’. Em conversa com CARAS Online nesta terça-feira, 25, Mara conta que não se esquiva em falar do assunto para 'defender a liberdade de expressão'.
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“A gente ainda precisa crescer muito no Brasil. Tem que ter liberdade de expressão. Do mesmo jeito que tem o respeito pelos homossexuais, tem que ter pelos héteros. Isso é democracia”, diz, explicando que o que considera ‘aberração’ é o comportamento de casais que expõem sua intimidade em público – sejam gays ou não. “Antes de ser uma artista eu sou uma cidadã. Me senti sofrendo efeito de heterofobia e de bullying. Existe preconceito com quem é hétero”, afirma. “Quando eu vi, de um dia pro outro veio essa avalanche. Mas uma característica que eu tenho é que eu não sou medrosa”, continua.
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‘Acredito em milagres’
Evangélica há 18 anos, Mara reforça a convicção de que uma pessoa homossexual possa se tornar hétero.“Eu acredito na cura, acredito no milagre, acredito no impossível. Não só para cura gay, mas para drogas, para qualquer tipo desses males”. O primeiro caminho, segundo ela, é o livre arbítrio.“A pessoa tem que fazer as suas escolhas. A salvação é individual e cada um dê conta de si”, defende.
Ela não é a primeira artista a dar declarações polêmicas sobre o assunto. A cantora Joelma já afirmou em entrevista que se tivesse um filho gay tentaria ‘curá-lo’. Mara defende a vocalista da banda Calypso. “Acredito que ela também é uma pessoa forte, de personalidade”, diz. “Um pai, uma mãe, que tem um filho gay, ou um irmão, uma pessoa querida, tem que amar, tem que respeitar, não pode abandonar, não pode desprezar. A minha opinião não é munida de ódio, é de amor, de respeito e de educação”.
Mara, que ficou famosa no final dos anos 1980 apresentando programas infantis na TV, atualmente viaja o país divulgando seu novo CD Vai Tudo Bem. “É bem propício para o momento. Em meio às lutas, vai tudo bem”, diz ela, hoje com 45 anos.
Questionada se teme protestos em suas apresentações, ela garante estar tranquila.“Existe uma pressão psicológica, mas eu sou muito equilibrada psicologicamente, minha fé é muito forte. Não descarto essa possibilidade, mas não tenho medo. Sei que no final vai ficar tudo bem pra mim. Deus é meu advogado e juiz”, afirma.“O que eu quero enfatizar é que tenho consciência que sou uma pessoa que respeita o livre arbítrio de todos e eu não faço acepção de pessoas. Eu respeito e tenho o direito de receber a mesma coisa".