O humorista Renato Aragão, eternizado como o personagem Didi no seriado Os Trapalhões, contou que desejava ver a filha Lívian Aragão longe da carreira artística na TV.
Hoje com 14 anos, a jovem começou a atuar em seriados e filmes ao lado do pai, mas obteve sua independência com a Marizé, personagem em Flor do Caribe.
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Renato contou que gostaria que ela tivesse seguido um outro caminho, mas não conseguiu evitar. “Queria que ela fizesse uma carreira toda diferente, para não passar por tudo o que eu passei. Eu queria que ela fosse paleontóloga, para estudar dinossauro, porque já tem um protótipo em casa. Para mim, foi uma felicidade, mas é muita dificuldade também, eu fui muito reticente. Ela fazia filmes comigo, mas precisava desmamar”, contou o humorista durante o programa Encontro com Fátima Bernardes.
Lívian revelou ainda que o pai coruja fica de olho em tudo o que ela faz na TV. “Ele assiste à novela todos os dias. Eu chego da gravação e conto tudo o que aconteceu, tudo o que vai acontecer no próximo capítulo”.
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“Eu quis desgrudar profissionalmente dele. Mas sempre vou ser a filhinha dele, sempre que ele quiser fazer alguma coisa eu vou fazer", contou Lívian. Em família, a garota afirma que Renato sabe ser bravo, mas também é a diversão da casa. “Ele tem suas horas sérias, sempre me ajuda, até com o dever de casa. Mas também é muito palhaço. Às vezes, baixa um Didi lá em casa”, contou.
Sem programa fixo na grade da Globo, Renato contou que ainda não pensa em se aposentar da TV. “A pessoa não pode parar. Quem tem projetos, não envelhece. Quando eu estou escrevendo, eu digo: ‘Estou escrevendo de calça curta’, que é pra poder sentir o que a criança quer”.
Falando em carreiras
Um dos maiores artistas da TV quase virou advogado. No programa global, Renato Aragão visitou a faculdade de direito do Ceará, onde estudou e fez grandes amigos. “Meus pais queriam ter um filho doutor. Estou aqui sentando nessa carteira como se estivesse sentado em 1960 e poucos”, disse ele, na sala onde estudou no primeiro ano do curso.
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Renato reencontrou os colegas de aula, que contaram como ele se comportava. “Ele não mudou nem fisicamente. Continuou jovem. Na aula, era compenetrado e sério, mas na hora do recreio era outro Renato. Fazia palhaçada, brincava”.
Mesmo tendo concluído a faculdade, Renato não demorou muito para ver que aquele não era o seu caminho e garante que não teria sucesso na profissão se tivesse seguido no Direito. “Eu seria um péssimo advogado. Logo que eu entrei na faculdade, pensei: ‘O que eu estou fazendo aqui?’. Mas eu vou em frente, quero ter uma profissão. Quando chegou no quinto ano, já entrou a TV Ceará e na minha vida. Mas anos antes eu fui ver um filme do Oscarito, ali acabou a carreira de advogado mesmo. Aí encontrei realmente’.