Estreante em musicais, Luiz Fernando Guimarães (63) mostrou que sabe cantar e dançar, além de representar e fazer muito bem o humor, na apresentação para convidados do musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, que aconteceu nesta segunda-feira, 11, no Rio de Janeiro.
Luiz Fernando considerou o enredo da peça, apontando que, apesar do título sugerir uma ascensão sem esforço, é preciso trabalhar a conquista, seja mental ou fisicamente: “Não existe essa coisa de como vencer na vida sem fazer esforço, porque mesmo o personagem principal trabalha a mecânica da mente dele o tempo inteiro. Ele não trabalha fisicamente, mas trabalha mentalmente. Isso é uma brincadeira em cima desses livros de autoajuda que deu muito certo, porque todo mundo gostaria de vencer na vida assim, mas sempre chegar lá dá um certo trabalho”.
Durante o espetáculo, o ator faz improvisações e brinca com situações reais, como o cansaço após um longo número de canto e dança. Ele comentou sua preparação e compara o trabalho ao exercício de um atleta: “Sempre me preparei fisicamente, mas aqui é muito diferente, porque você canta, dança, representa. Sempre treinei e gosto dessa agitação, essa coisa aeróbica. Eu canso e mostro que canso, porque não existe pessoa que não canse, não somos o Cirque de Solei. É bom cansar, mas recompenso na outra cena, ganho fôlego. É o trabalho do atleta, gastar e recuperar. Canto do meu jeito e danço naquilo que consigo, dentro das minhas possibilidades, não tenho grandes pretensões. Mas o espetáculo tem isso, quer juntar essa equipe diferente, nem todo mundo saiu da mesma escola e dá uma salada boa, sem sofrimento”.
Sobre ter sido assistido por tanta gente entendida de teatro, Luiz Fernando disse: “Hoje foi uma apresentação para a família e amigos. Foi nossa quarta apresentação, o time está coeso já. Antes do espetáculo, fizemos uma reuniãozinha lá embaixo, para falar do público de hoje, que já conhece teatro, mas achei a noite ótima, passamos no teste. Esse trabalho é resultado de oito semanas intensas de ensaio, coreografia e música separadamente, foi bem matemático, concentrado, muito trabalho e depois teve a segunda etapa que foi juntar esses trabalhos. Para quem não está acostumado como eu, dormia pensando em coreografia, acordava pensando em música e o resultado é maravilhoso. Agora a gente está brincando em cena”.