Veterana dos tablados, a atriz Nathalia Timberg (83) foi responsável por entregar a estatueta de Melhor Espetáculo da 7ª edição do Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil, que aconteceu na noite desta terça-feira, 26, no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro. Defensora do gênero, Nathalia ressaltou a importância do teatro infantil durante o evento e fez seu apelo pela qualidade
“Há uma preocupação em se fazer um teatro de qualidade porque é um teatro que se propõem formar um público, que é o infantil, é importante que mostre espetáculos bem feitos, bem pensados, bem escritos e bem representados temos que aprender com o que é bom. Este prêmio é um estímulo para que isso aconteça. Felizmente, não se vê mais o teatro infantil como uma brincadeirinha, é algo de grande responsabilidade, pois está ligada a formação de palco e plateia. Nós temos um país em que a formação está na base de todas as carências”, avaliou Nathalia Timberg.
Apaixonado pelo teatro infantil, o ator Lúcio Mauro Filho (38) venceu o prêmio de melhor diretor no evento pela peça Uma Peça Como Eu Gosto e fez sua defesa ao gênero.
“Teatro é carregar nas costas. O trabalho de equipe foi determinante para vencer esse prêmio. O primeiro espetáculo da companhia foi há 8 anos. Depois, as meninas foram para a Inglaterra, se aprimoraram e voltaram super bem. Elas quiseram fazer Shakespeare e tudo teve que ser pensado para ver como a história chegaria às crianças. A gente colocou Shakespeare no Brasil, com pé no chão, sol na lata e fizemos essa trupe que viaja por aí fazendo teatro e contando histórias deste cara que é fundamental para todo mundo que pretende ser artista”, afirmou.
A 7ª edição do Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil contou ainda com uma homenagem ao circo, representado no evento pelo ator Marcos Frota (56). “A mistura das linguagens é uma prática e necessidade. É sempre necessário se reinventar. As artes cênicas estão sempre interligadas. Eu acho bacana de unir o circo a este prêmio. Hoje não se faz mais teatro sem circo e o circo, por ter a substituição dos animais passou a ser muito mais performático”, disse.