Ícone da música popular brasileira, o cantor e compositor Gilberto Gil (70) ocupou durante cinco anos (2003-2008) o Ministério da Cultura, passando posteriormente o cargo para o sociólogo Juca Ferreira, que permaneceu até 2010. Embora hoje dedicados a outras atividades, os políticos reuniram experiências suficientes durante sua passagem pelo ministério para reunir no livro Cultura pela Palavra - Coletânea de artigos, entrevistas e discursos dos ministros da Cultura 2003–2010, lançado na noite desta terça-feira, 9, no Rio de Janeiro.
Privilegiando temas como a propagação da cultural digital e o surgimento da Lei Rouanet, o livro recorda a gestão da dupla e suas impressões sobre as diretrizes da atual cultura brasileira.
"Como novidade, que emergia do próprio tempo histórico, a cultura digital é um dos temas que você vê que está ali abordado toda hora, porque ela foi pra varias coisas, foi para os pontos de cultura. Daí surgem as questões derivadas disso, como autoralidade, compartilhamento, lei de direitos autorais, uma das coisas que estava sob a gestão do ministério, que precisava renovar", relatou Gilberto Gil durante o lançamento do livro.
Cinco anos após deixar o Ministro da Cultura, na gestão presidencial de Luis Inácio Lula da Silva, o compositor relembrou como foi feito o convite para o cargo. "Quando o Presidente me chamou e fui conversar com ele sobre o que queria de mim como Ministro da Cultura, ele disse 'quero que você suba no palco e faça como Ministro da Cultura o mesmo que faz no palco'", recordou.
Presente durante a noite de autógrafos, a atriz Marisa Orth (49) declarou seu amor ao trabalho de Gilberto Gil. “Sou muito fã do Gilberto Gil, adoro ele. Tenho a sorte de ter batido papos com ele de vez em quando e esse livro me interessa. Quem sabe lendo os discursos eu consiga ter isso presente, porque quando ele falava a gente ficava meio hipnotizado. Achei boa ideia ele editar”, afirmou.
A publicação, da Versal Editores, traz assuntos que foram abordados pelos dois ministros da cultura durante os oito anos retratados no livro. Os leitores poderão conferir as visões de Gil e Juca sobre economia criativa, cultura digital e até a Lei Rouanet.