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A dupla jornada do ator e médico Bruno Dubeux, de 'Malhação'

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Bruno Dubeux (31), que faz o dono do hostel, Michel, em Malhação, tem uma rotina agitada para manter a sua dupla jornada de trabalho. Isso porque o rapaz é ator e médico em um hospital de São Paulo. Mesmo morando e gravando a novela no Rio de Janeiro, ele faz questão de manter os atendimentos aos seus pacientes. “Sou workhalic mesmo, tenho que confessar... [risos]”, comentou ele, que trabalha no pronto socorro de clínica médica, em conversa com a CARAS Online.

O artista diz que ainda não precisou pensar em deixar de lado nenhuma de suas profissões. “O médico cuida do corpo, o ator cuida da alma”, disse ele, que está solteiríssimo. “Aberto a pretendentes... [risos]”, brincou.

Bruno nasceu no Texas, mas foi criado em Recife, no nordeste brasileiro. Desde criança, ele sempre teve uma afinidade pela atuação, já que adorava se apresentar para a família. Na adolescência, quase desistiu de seguir a carreira de ator por falta de incentivo, e, neste momento, surgiu a vontade de fazer na medicina. Cursando a universidade, o rapaz começou a atuar em comerciais e logo foi convidado para fazer um teste para a Oficina de Atores da Globo. Depois de se mudar para o Rio, ele começou a fazer cursos livres de atuação, fez a faculdade de artes cênicas e agora brilha em Malhação.

Na entrevista, Bruno Dubeux conta como é a sua relação com os atores da novela teen, a amizade com Juliana Paiva (20), que faz a Fatinha, e uma situação inusitada com uma paciente que o reconheceu como ator. Confira:

-Você é ator e médico. Como faz para ter tempo para tudo?

-Pois é, termina sendo uma loucura a correria do meu dia a dia, com tantas funções ao mesmo tempo. Mas tenho descoberto que essa é uma característica minha, gosto de estar sempre conciliando e executando mil coisas ao mesmo tempo. Sou workaholic mesmo, tenho que confessar... [risos] Então sigo trabalhando como médico também e até o momento sempre deu certo. Fica ainda mais complexo porque o hospital que trabalho é em São Paulo e moro no Rio [risos]. Geralmente dou plantões numa média de dois fins de semana por mês. Com a ‘Malhação’ tive que reduzir um pouco os meus plantões por conta do roteiro que a cada semana tenho uma agenda de gravação diferente. Mas com jogo de cintura sempre consigo fazer trocas com outros colegas médicos e dá pra me organizar. Às vezes é que o bicho pega muito, como, por exemplo, em dezembro e janeiro, que estive rodando um longa e gravando Malhação ao mesmo tempo. Mas depois compenso fazendo uns plantões extras!

-Você já pensou em escolher apenas uma carreira?

-Por enquanto, apesar de estar envolvido e me dedicando mais a carreira de ator, não penso em deixar o trabalho de médico. Gosto também da medicina, é um universo pelo qual passei anos da vida me dedicando muito, adquiri muitos conhecimentos e não quero deixar de lado. Acho até um privilégio poder sair de um universo e mergulhar em outro diferente. Dá um respiro e deixa a vida dinâmica!

-Já teve alguma situação divertida em que um paciente te reconheceu como ator?

-Uma paciente estava com um problema e prescrevi uma medicação para tomar no hospital mesmo. Aí ela falou: “Mas você vai me entregar uma receita né? O que vai me curar mesmo é o seu autógrafo...” [risos]

-Você enfrentou alguma barreira em sua vida por ter esta dupla jornada?

-Barreiras não, geralmente é o contrário. Essas duas combinações, apesar de atípicas, têm aberto portas. Mas já recusei alguns trabalhos de ator por ser médico, como por exemplo, fazer vídeos publicitários para a indústria farmacêutica ou para algum remédio específico. Não seria ético da minha parte.

-O que mais te encanta nas suas profissões?

Na medicina é a cura, o dom da cura. A capacidade de raciocinar, se relacionar com outro ser humano ali na minha frente, juntar as pistas e elaborar o melhor caminho para sua saúde. Quando a atuação veio mais forte em mim, descobri que tenho uma missão no mundo mesmo de curandeiro. O médico cuida do corpo, o ator cuida da alma.

-Como é a sua relação com o elenco de ‘Malhação, já que a maioria é de adolescentes?

Ótima. Sempre gostei de fazer amizade com pessoas, não importa a idade. Tenho amigos bem mais velhos que eu, assim como mais novos. Sempre fui assim. E estar trabalhando com um elenco jovem é sempre animado e divertido. O camarim é sempre movimentado quando a galera se junta, rola música, instrumentos, contamos casos, assistimos a vídeos na internet juntos... O pessoal do figurino às vezes pede socorro! [risos] Eu entro sempre na onda e estou sempre botando pilha da gente sair junto porque eles, apesar de animados, são caseiros.

-A maioria de suas cenas é com a Juliana Paiva, que faz a Fatinha. Vocês se tornaram amigos fora de cena?

-A Ju é uma querida. A gente se deu muito bem logo de cara e com o tempo fomos ficando mais próximos. Sempre batemos muito papo, nos divertimos lendo e falando sobre as cenas novas que chegam. Quando alguns atores ainda não chegaram, bato os textos com ela das outras cenas, que não são poucas. É muito bom quando essa relação se estabelece fora do set. Hoje em dia estamos tão à vontade um com o outro que vamos pro set nos divertindo muito com os personagens. E isso com certeza aparece na cena. Engraçado que ela brincando nos bastidores, começou a me chamar de Michelito. Um dia ela soltou sem querer no gravando e agora os textos chegam com a Fatinha falando Michelito várias vezes.

-Você se identifica com seu personagem, o Michel?

-Temos muitas coisas em comum, sim. O Michel é um cara do mundo, que se relaciona bem com todos os povos e gosta desse ambiente, como todo integrante de um bom hostel. É gente boa, simpático, mas sabe ser durão e se impor quando precisa, principalmente quando a Fatinha passa dos limites e coloca em risco o funcionamento do hostel. O Michel está sempre antenado pra novas oportunidades de fazer dinheiro e nada pode atrapalhar seu lucro... E ele se relaciona com a Fatinha geralmente com bom humor, sabe que apesar de maluquinha e precisar de limites, não deixa de ser dedicada e divertida.

-Você já teve a experiência de ficar em algum hostel?

-Sim, muitas! Achei uma coincidência incrível. Passei dois meses e meio fazendo um mochilão pela Europa, rodei por 11 países e 33 cidades. Quando não ficava na casa de amigos, era sempre em um hostel. Eram muito animados, com vários eventos internos, jogos, gincanas, excursões de bicicleta pela cidade ou à noite pelos bares num grupo grande, os famosos pub crawls. Acho ótimo a pluralidade dos hostels, uma ótima oportunidade pra se relacionar com pessoas do mundo todo e é curioso que os frequentadores de hostels geralmente são pessoas sempre muito simpáticas.

-Você também já apresentou o programa Alternativa Saúde, do GNT. Tem vontade de voltar a ser apresentador?

-Foi uma experiência incrível e uma descoberta de um outro potencial meu que até então não havia explorado. Gostei bastante dessa comunicação direta com o público, através da lente. Tenho sim uma vontade grande de apresentar um programa e já estou com dois pilotos gravados e negociações em andamento.

-Você está solteiro ou namorando?

-No momento solteiro e aberto a pretendentes [risos].


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