Lucas Romanoé paulista, leonino e tem 23 anos. Estreou na televisão em Amor à Vida na pele do estudante de medicina Luciano, que trabalha no Hospital San Magno para pagar a faculdade. Na trama, ele é irmão do personagem de Malvino Salvador e filho de Eliane Giardini, e tem sofrido com a rotina esmagadora. Já na vida real, diz ser um grande amante dos palcos de teatro. Lucas diz que não tem uma receita sobre o difícil caminho até a televisão, mas admite que já recebeu muitos ‘nãos’ até chegar em 'Amor à Vida' – e o principal, nunca desistiu.
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Em entrevista à CARAS Online, o galã conta que está solteiro - mas 'em um relacionamento sério com a novela' - , fala da boa relação com o elenco global e revela que já passou várias vezes pelo dia a dia corrido de Luciano.
Astros de 'Amor à Vida' em Soirée
Confira o bate-papo:
Lucas, como é a sensação de já na primeira novela estrear no horário nobre e fazer parte da família do protagonista da trama?
Não cheguei a ficar com medo, só apreensivo, porque é uma cobrança maior – é um horário em que todos estão ligados na TV. Só fui saber que iria contracenar com essa galera toda dois meses antes de receber a sinopse do personagem. Fiz o teste em agosto e recebi o resultado em janeiro. Quando me ligaram contando qual seria o meu núcleo, foi mais do que um presente. Eu não poderia ter recebido nada melhor.
E como foi essa ligação?
Foi um susto! Eu queria muito fazer o Luciano, já me via na novela inclusive! Eu estava indo para um teste de salgadinhos quando o celular tocou. Me perdi na Vila Mariana (bairro de São Paulo) e meu empresário me ligou dizendo que ainda não tinha assistido à minha peça. Ficou me enrolando com esse assunto e até marcou um dia para ir assistir, já que, segundo ele, a gente iria começar a trabalhar mais desde então. Eu comecei a gritar dentro do carro! Não conseguia acreditar. Encostei o veículo, liguei para a minha mãe e ainda perguntei, ‘mãe, eu ainda vou pro teste dos salgadinhos?’, e ela me respondeu,‘não, vem pra cá agora, você não vai fazer mais nada!’ (risos). Foi o mesmo dia em que eu soube que seria irmão do Malvino, que meu empresário também agenciava, portanto foi um presente para ele também, seus dois atores seriam parentes na novela.
Como tem sido a interação com os outros atores de 'Amor à Vida'?
Eles são demais! Em um primeiro momento você vai até eles com mais respeito, pois não conhece como são na vida real e tal, mas quando você vê que além de profissionais maravilhosos, são pessoas incríveis, a relação fica muito mais gostosa. Hoje eles me permitem brincar, me deram abertura para ‘jogar’ em cena.
A vida de estudos e trabalho exige muita determinação. Alguma vez você já viveu a rotina do Luciano fora das telas?
Muitas (risos)! Minha mãe até me falava,‘Lucas, calma um pouco!’, porque eu fazia faculdade de Publicidade e Propaganda de manhã, à tarde dirigia uma série com mais duas amigas e à noite tinha escola de teatro e fazia peças. Eu não conseguia respirar! Mas a série, por exemplo, que a gente dirigia, gravava com câmera na mão e decupava, foi uma das coisas que me ajudou a ganhar noção sobre a TV. O enredo foi sobre seis adolescentes, inclusive a Giovanna Lancellotti fazia com a gente. Não chegamos a lançar, mas completamos sete episódios em 2010.
Você tem recebido assédio dos fãs?
Nas redes sociais, sim. Fora, não. Não sei se é porque eu não saio muito. O único episódio ao vivo pelo qual eu passei foi com uma mulher que ficou em dúvida e achou que eu estava mentindo, que eu não era o Luciano. Ela brincou e deu risada, mas mandou a filha tirar foto comigo. É até engraçado, eu nunca passei por esse tipo de coisa antes. As meninas ficam meio enlouquecidas, acabam ficando nessa função, mas é bacana pra gente, pois elas são nossas porta-vozes na divulgação de trabalhos. Um dia, uma menina me mandou uma mensagem falando que estava super triste com a vida, mas que quando viu uma foto minha, o dia dela melhorou 100% e ganhou outra dimensão (risos). Meu rosto ainda é muito novo na TV, mas espero ter uma carreira longa pela frente.
E o coração de Lucas Romano, tem dona?
Não tem dona! Ainda mais viajando e morando no Rio de Janeiro. Estou em um relacionamento com Amor à Vida (risos)!
Como você tem feito para lidar com a Ponte Aérea Rio-São Paulo?
É a segunda vez que eu moro longe da minha família. Tínhamos aula das 10 da manhã até às 7 da noite quando eu fazia a oficina da Globo. Eu morava na Barra. Fiquei por um ano aqui [Rio de Janeiro] e logo em seguida emendei uma peça de teatro. Já foi uma boa noção de como é morar sozinho. Nós recebemos o roteiro na sexta, então eu só decido o planejamento da semana em cima da hora, mas a minha família vem muito pra cá. Mas hoje, se eu conhecer mais do que dez pessoas no Rio, é muito!
Você fala muito sobre teatro. É a sua grande paixão?
Minha primeira vontade era a TV. Entrei na escola querendo chegar na televisão, mas descobri o teatro e então acabou virando a minha paixão! Li milhões de livros de dramaturgos brasileiros. Quando a novela acabar, quero emendar outra peça – é o plano para o futuro. Uma vez que você estreia no teatro, é muito difícil ficar sem. Por mais que você vá prestigiar os amigos em peças e tal, o pé fica coçando para estar no palco também.
Desde quando você decidiu que queria ser ator?
Desde pequeninho. Meus pais me falavam ,‘não, não, vamos pôr os pés no chão, é uma profissão muito instável. Faz uma faculdade como base e cursos em paralelo’. Mas quando eu voltei da oficina no Rio, vi que não queria mais fazer Publicidade e Propaganda e eles perceberam que não teriam sequer como contestar, que realmente era isso. Se um dia eu cogitar não ser ator, será com certeza algo relativo à artes, ou dirigir e tal, mas nem ainda me passa pela cabeça.
Até hoje, qual foi a sua cena preferida em 'Amor à Vida'?
Gravei sexta-feira. Vai para o ar na semana que vem. A trama do Luciano está começando a se desenvolver agora. O estilo de escrita do Walcyr Carrascoé muito interessante, ele escreve com pegada de série. A cada semana vira um foco de personagem diferente. Vira e mexe o foco vai mudando, prendendo o telespectador. Foram somente dois meses de novela, mas parece que já passou um furacão.
E você poderia adiantar se a tal cena é com alguém do Hospital San Magno? Tipo uma enfermeira (risos)?
É com a enfermeira Joana. Não sei sobre possíveis envolvimentos (risos)...
Dentro da nova rotina, de frequentar o Projac, fazer parte do elenco de uma novela e lidar com a fama, qual você considera a melhor parte?
Pergunta difícil. Acho que a melhor parte é o gostinho da conquista. É algo que você almejou tanto, que você se espelhou em alguns atores – atores que você nunca imaginou estar contracenando –, e então você está no meio deles, trocando e jogando junto com eles. Chegar em casa, deitar e ver que você está fazendo aquilo que você sempre quis fazer para o resto da vida é muito bom.
Lucas, que conselho você daria sobre o caminho para chegar até a televisão?
Não tenho uma receita para dar, já passei por tantas coisas e sei na pele que não tem mesmo, tipo ‘façam isso que vocês irão chegar lá, gente’. Acho que o essencial é aproveitar cada oportunidade que lhe é dada. Eu sou formado na Escola de Atores Wolf Maya e sempre aproveitei todas as aulas. Me jogava nos exercícios – se você tem paixão por atuar, isso é primordial, além de se destacar para os professores e nunca desistir do sonho. Cursos, estudo, tudo ajuda. Recebi muitos 'nãos', mas nunca desisti.